A tendência das compras online veio para ficar e, quando se fala em ecommerce, estamos falando também sobre os marketplaces. As vendas online ganharam muitas força durante a pandemia e esse comportamento de consumo se cristalizou na rotina dos consumidores nos anos seguintes, não só em nosso país como no mundo todo.
Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indica que, em 2024, o ecommerce movimentou R$ 204,3 bilhões no Brasil, um crescimento de 10,3% na comparação com 2023. O volume de compradores chegou a 91,3 milhões, que geraram mais de 414 milhões de pedidos.
Tendo tudo isso em mente, fica claro que uma estratégia para vender na internet precisa considerar a presença em um dos grandes marketplaces presentes no mercado brasileiro. No artigo de hoje, vamos explicar as diferenças entre dois dos principais: o Mercado Livre e o Magalu Marketplace.
Antes de começar…
Antes de compararmos as duas plataformas, vale relembrar o conceito de marketplace. Trata-se de um modelo de comércio eletrônico em que diferentes vendedores podem anunciar seus produtos dentro de um único site ou aplicativo. O marketplace funciona como um shopping virtual, sendo responsável pela vitrine, intermediação de pagamentos, visibilidade dos produtos e, em muitos casos, parte da logística.
Já o lojista é responsável por cadastrar os itens, manter os estoques e cumprir os prazos de entrega definidos.
Esse modelo se popularizou por reduzir barreiras de entrada no e-commerce e permitir que pequenos e médios empreendedores tenham acesso ao público de grandes plataformas sem investir em infraestrutura própria.
O Mercado Livre é, atualmente, o maior marketplace da América Latina. Sua plataforma possui um ecossistema bastante completo, que inclui soluções logísticas (Mercado Envios), meios de pagamento (Mercado Pago) e até publicidade interna (Mercado Ads).
Para o lojista, a principal vantagem do Mercado Livre está na escala. A plataforma é a maior do Brasil, detendo milhões de usuários ativos e um volume de buscas que garante alta visibilidade para os produtos, especialmente em categorias como eletrônicos, moda, acessórios e itens de consumo rápido.
Em 2024, o Mercado Livre obteve 366,7 milhões de acessos, o que representa 13% do marketshare.
Outro ponto forte é a agilidade no processo de venda. A estrutura logística do Mercado Envios permite que, em muitos casos, o vendedor apenas imprima a etiqueta de postagem e deixe o produto em um ponto de coleta, sem se preocupar com o restante da entrega. Também existe a modalidade de Fulfillment, em que o estoque é armazenado diretamente nos centros de distribuição do Mercado Livre, acelerando ainda mais o envio.
No entanto, o ambiente do Mercado Livre é altamente competitivo. Os critérios de ranqueamento são rígidos e incluem aspectos como prazo de envio, avaliações dos clientes, quantidade de reclamações e tempo de resposta. Além disso, as taxas cobradas variam conforme a categoria do produto e a modalidade de anúncio escolhida (Clássico ou Premium), o que exige planejamento financeiro detalhado por parte do vendedor.
O Magalu Marketplace, por sua vez, é a plataforma de vendas online das Lojas Magazine Luiza, que vem ampliando significativamente sua presença digital nos últimos anos. O grande diferencial aqui está na integração com a rede física da marca e na proposta de valor que une o marketplace ao conceito de “venda assistida” pelo varejo tradicional.
Para o empreendedor, vender no Magalu significa associar seus produtos a uma marca com alto índice de confiança do consumidor brasileiro. Isso tem peso especial em categorias como eletrodomésticos, móveis, eletrônicos e itens de valor mais elevado, onde a segurança da compra influencia diretamente a decisão.
A estrutura do Magalu é bastante voltada à curadoria. A entrada de novos lojistas passa por um processo de aprovação mais criterioso, o que, por um lado, limita a velocidade de adesão, mas por outro contribui para um ambiente de menor concorrência direta.
Outro ponto importante é que o Magalu oferece aos sellers um sistema de integração eficiente com ERPs e plataformas de e-commerce, o que facilita a gestão unificada de estoques e pedidos. Além disso, a logística da plataforma é robusta, com possibilidades de Fulfillment e apoio na última milha (última etapa da entrega ao consumidor).
As taxas praticadas são competitivas e geralmente fixas por categoria, o que dá ao lojista mais previsibilidade em relação ao custo de operação.
Embora ambas sejam plataformas confiáveis e com alto tráfego, suas estruturas e propostas são bastante distintas:
A escolha entre Mercado Livre e Magalu Marketplace deve considerar o perfil do seu negócio, a categoria dos produtos oferecidos e sua capacidade de operação.
Em alguns casos, é possível – e até recomendável – atuar em ambas as plataformas, adotando estratégias específicas para cada uma. O importante é entender que, apesar de compartilharem o mesmo modelo de negócios, cada marketplace tem particularidades que impactam diretamente na experiência de venda e nos resultados alcançados.
De uma forma geral, o Mercado Livre pode ser entendido como uma plataforma para vendedores mais seniors, dadas as possibilidades oferecidas para se extrair o máximo de recursos como o Mercado Ads. Já o Magalu Marketplace, pode ser ideal para vendedores que buscam por uma plataforma mais simples e com menor concorrência.
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