O e-commerce é uma modalidade de vendas que já vivenciou diversas eras, especialmente no Brasil. Da descrença inicial de muitos consumidores, até ele se tornar uma febre e passar, praticamente, a ser única forma viável de consumo no período mais grave da pandemia de Covid-19, esse modelo de negócio já viu muitos novos players surgirem e conseguirem alcançar margens lucrativas como também tantos fecharem as portas virtuais nos últimos anos.
Parte desse desafio vem da intrincada legislação fiscal e tributária brasileira. É muito importante que todo gestor de e-commerce tenha em mente que, tão importante quanto a estratégia comercial, o desenho do ambiente de vendas e excelentes práticas em marketing, o conhecimento sobre a gestão fiscal e contábil é uma das bases de uma empresa de sucesso a longo prazo.
Por isso, neste artigo, vamos elencar 4 estratégias essenciais de contabilidade para aumentar o lucro do seu e-commerce.
O regime tributário é um sistema de cobrança que deve ser definido pela empresa para determinar a forma como alguns impostos serão cobrados. Existem, basicamente, 4 tipos de regimes tributários, sendo eles:
MEI – Sigla de Microempreendedor Individual, esse regime é ideal para iniciantes. Ele é destinado a empresas que faturam até R$ 81 mil anualmente, ou seja, é o mais indicado para pequenos negócios pela facilidade de regularizar a atuação do negócio e pela tributação reduzida. Porém, ele também possui algumas limitações. Por exemplo, uma empresa pertencente a esse regime tributário não pode ter filiais.
Simples Nacional – Esse regime é destinado a microempresas e empresas de pequeno porte, com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. Uma das vantagens do modelo é a facilidade de arrecadação dos impostos mediante uma única guia. As tabelas de alíquotas de impostos desse regime também são reduzidas, se comparadas às das modalidades Lucro Presumido ou Lucro Real, como veremos adiante.
Lucro Presumido – Nesse regime, a empresa faz uma apuração simplificada do seu Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Para integrar esse regime, no Brasil, a empresa deve faturar até R$ 78 milhões por ano e não atuar em setores específicos, como bancos ou empresas públicas. As alíquotas tributárias podem ir de 1,6 até 32% sobre o faturamento.
Lucro Real – É o considerado um regime mais complexo, pois sua apuração é realizada após o cálculo do lucro contábil. Além disso, empresas que optam por esse regime se veem obrigadas a apresentar os registros da sua apuração contábil e financeira ao Tesouro Nacional. A adesão a essa modalidade é obrigatória para empresas que faturam mais de R$ 78 milhões anuais.
Como se vê, a escolha de um regime tributário pode impactar decisivamente o caixa de uma empresa. Para tomar a decisão sobre qual regime escolher, é recomendável contar com uma consultoria especializada, como a B2B Contabilidade.
ICMS, ICMS-ST, ISS. As letras presentes nessas siglas fazem parte do dia-a-dia da gestão tributária de um e-commerce, pois esse são os principais impostos que incidem sobre essa atividade.
É fundamental contar com profissionais preparados para fazer a gestão tributária do negócio, pois o recolhimento incorreto de impostos pode gerar multas com impacto muito negativo para a saúde financeira da empresa.
Além disso, é importante entender que o ICMS é um tributo de natureza estadual, ou seja, suas regras podem ser diferentes em cada um dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Por fim, é importante ter em mente que produtos digitais podem estar sujeitos a regras específicas de ICMS.
A guerra fiscal é uma realidade posta, se configurando como uma série de práticas adotadas pelos estados brasileiros para atrair empresas para os seus territórios através da renúncia fiscal, prática que consiste em conceder descontos na cobrança de impostos.
Alguns estados, como o Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina, oferecem benefícios fiscais exclusivos para o setor de e-commerce, que podem funcionar como um importante diferencial. Por isso, ao investir no setor de e-commerce, é importante considerar se vale a pena abrir o seu negócio em estados que oferecem condições vantajosas, quando comparados a outras unidades federativas.
Um dos maiores erros que os gestores de e-commerce podem cometer, especialmente no início de suas jornadas, é não olhar o negócio de forma profissional. Apesar do seu recorte tecnológico, os e-commerces também devem cumprir os ritos legais comuns a quaisquer outras empresas e a profissionalização da gestão contábil está entre eles.
Investir em boas práticas é imperativo, adotando rotinas como a elaboração de relatórios mensais, organização do fluxo de caixa, custos com mão-de-obra, FGTS, entre outras obrigações.
Como vimos, não basta só ter uma grande ideia, é preciso investir em gestão para não tomar prejuízos em meio ao complexo ambiente tributário, fiscal e contábil do Brasil.
A B2B Contabilidade é uma empresa especializada em planejamento tributário e consultoria fiscal para empresas de diversas áreas de atuação, inclusive os e-commerces. O conhecimento e a expertise da nossa equipe podem ajudar o seu negócio a conquistar mais solidez.
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