Os meios digitais de pagamento são uma realidade de já mudaram os hábitos dos brasileiros na hora de quitar suas contas e consumir. Surgido em 2020, o Pix, por exemplo, cresceu 74% em 2023, com seu uso alcançando 42 bilhões de operações de pagamento.
Pensando na contínua digitalização da economia brasileira, o Banco Central do Brasil está implementando a infraestrutura para lançar a moeda digital nacional, chamado de Real Digital ou DREX.
Neste artigo, você entenderá como essa moeda vai funcionar, suas vantagens e a diferença do DREX para o Pix. Confira!
O DREX vai ser a versão digital da moeda corrente na economia brasileira, o nosso conhecido real. Será o dinheiro digital oficial do Brasil e quem desejar realizar transações utilizando o DREX deverá usar carteiras digitais que serão oferecidas pelas instituições financeiras.
O DREX terá o mesmo valor do Real em cédulas e moedas como o conhecemos. É interessante observar que a nomenclatura pensada para nomear a moeda digital do Brasil foi pensada para transmitir uma série informações:
D – de Digital;
R – de Real, a moeda brasileira;
E – de Eletrônico, sistema onde o DREX vai operar;
X – uma letra que entra no nome por simbolizar a inovação.
Para usar o DREX, todo usuário do sistema financeiro precisará tem uma conta digital em uma instituição financeira. Ele também poderá ser usado nos apps de pagamentos.
Com o DREX, um mundo de possibilidades se abre. Será possível converter o dinheiro físico em moeda virtual, realizar e programar pagamentos, entre outros benefícios.
Essa é uma excelente pergunta e a resposta dela indica como os meios digitais estão mudando profundamente o mundo. Diversos países do mundo, como Nigéria, Bahamas e Jamaica, já lançaram ou estão lançando moedas digitais associadas às suas moedas oficiais.
Outras economias, como o Japão e a China, estão em fase de testes para lançar seu dinheiro digital. Todas essas moedas, de diferentes países, passam a ser administradas pelo Central Bank Digital Currency (CBDC).
A partir do momento em que são plenamente lançadas, as moedas digitais passam a fazer parte do ecossistema financeiro de um país e os seus bancos centrais passam a emitir o dinheiro em espécie, conforme já conhecemos, mas também o dinheiro digital.
O DREX tornará as operações financeiras mais rápidas e seguras. As transferências do dinheiro em formato digital ocorrerão em poucos segundos, o que será especialmente benéfico para movimentações financeiras de altos valores.
Além disso, o DREX vai significar o fim do pagamento de altas taxas para o uso do cartão em outros países. Por fim, o DREX vai ser muito seguro e diminuir o risco de fraudes financeiras graças e um elemento presente em sua estrutura e sobre o qual vamos falar a seguir.
O funcionamento e a confiabilidade do DREX vem do uso de uma tecnologia chamada blockchain, que já é muito usada no mundo corporativo e até mesmo no Bitcoin para assegurar a lisura dos processos.
De forma geral, podemos definir blockchain como um livro de registros digital que não pode ser alterado. O blockchain confere grande segurança para o registro de transações pois, uma vez que um registro é realizado, ele não pode mais ser alterado.
Não, DREX e Bitcoin são duas moedas digitais, ou criptomoedas, que usam um dos mais seguros e confiáveis sistema de homologação digital existente, a blockchain, mas as semelhanças param por aí.
Enquanto o Bitcoin tem uma administração descentralizada, o DREX será gerido pelo Banco Central do Brasil.
Apesar de ambos serem elementos do mundo digital, DREX e Pix não são a mesma coisa. O DREX, como uma moeda digital, poderá ser o conteúdo de uma transferência realizada via Pix.
Por exemplo, será possível transferir 50 DREX – que terá o mesmo valor de 50 reais – para uma outra pessoa através de uma transferência Pix. O DREX será apenas a moeda. O Pix, a forma de transferência do dinheiro.
Não. o Banco Central do Brasil vai continuar emitindo as moedas e notas do Real, da forma como já conhecemos.
Os especialistas observam que a forte adesão dos brasileiros a ferramentas como o Pix demonstra a adaptabilidade da população às soluções financeiras digitais. Por isso, é importante que os negócios estejam preparados para a evolução digital e recebimento de pagamentos através do DREX.
Apesar de haver uma expectativa de que o real digital seja implementado ainda em 2024, o Banco Central não crava uma data exata para o lançamento oficial do DREX no Brasil.
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